quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A 20 Anos a Verdade Está Lá Fora

por
Corto de Malta

Arquivo X completa duas décadas de sua estréia.

Exatamente 20 anos atrás, em setembro de 1993 ia ao o primeiro episódio de Arquivo X, mudando a história da Televisão. Criada por Chris Carter, a série teve seu episódio piloto levado ao ar em 1992 e no ano seguinte estreou com grande sucesso pela Fox.


Começávamos a acompanhar a saga da dupla de agentes do FBI mais famosa da década de 90: Fox Mulder (David Duchonvy) e Dana Scully (Gillian Anderson). Ela, uma cética, era enviada para trabalhar no departamento de casos não solucionados ao lado colega que acreditava que sua irmã fora abduzida por extraterrestres e lutava para expor uma mega conspiração envolvendo raças alienígenas e altos escalões do governo dos EUA.


Entre um capítulo e outro da enigmática e extremamente complexa trama principal, eles lidavam com casos avulsos igualmente bizarros, envolvendo vampiros, lobisomens, fantasmas, monstros, bruxas, mutantes, paranormais cientistas loucos etc. e praticamente tudo que envolvesse o sobrenatural ou a ficção científica.


O seriado totalizou nove temporadas, dois longa metragens, uma série spin-off (Os Pistoleiros Solitários), e colecionou inúmeros prêmios, além de transformar Mulder e Scully em ícones da cultura pop.


Fortemente influenciado por Além da Imaginação, O Silêncio dos Inocentes, Twin Peaks e principalmente pela série dos anos 70 Kolchak e Os Demônios da Noite - personagem criado por Richard Matheson como um jornalista que investigava casos sobrenaturais que as autoridades queriam abafar - Carter não só criou um dos seriados de televisão mais cultuados do mundo, como influenciou e muito vários sucessores, estabelecendo um novo paradigma.



Praticamente todos os programas posteriores que abordaram o Realismo Fantástico beberam pelo menos um pouco da fonte de Arquivo X como por exemplo Lost, Sobrenatural, Smallville, Fringe e tantas outras.

Talvez o programa de Carter tenha terminado bem depois do que deveria com temporadas finais confusas e repetitivas, onde Mulder e Scully mal apareciam e onde ninguém mais entendia mais nada da tal conspiração e nem sobre a tão temida invasão, que também ficou em aberto, com o público tendo a desagradável sensação de que andou em círculos o tempo todo.


Mas um final aquém do nível da série não apaga os grandes momentos de uma história tão marcante e ousada - o episódio O lar, por exemplo, nem é mais exibido pela Fox de tão pesado que era - que começou a redefinir os rumos dos seriados para o século XXI, além de trazer ao grande público discussões sobre ciência, ocultismo, mistérios e conspirações do mundo que antes eram restritas ao núcleo nerd.
Parabéns Arquivo X!

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